segunda-feira, 20 de abril de 2009

Rei de quem, esse Roberto?

Quando proclamaram a República, imaginei que iríamos ter comportamento republicano. Mas, o que se vê são sintomas da monarquia, que é mantido por um grupo televisivo, cujo oligopólio vem sendo exercido há muitos anos no Brasil. Aqui temos palácios, reis, rainhas. Tem até um palácio onde vive um Sapo. E o pior é que essas pragas acabam acreditando ser um rei mesmo ou rainha.... Enfim, nosso Brasil é uma república com claros sintomas de monarquia, que tem um sistema presidencialista com claros sintomas parlamentarista. Que merda, hein?
O "Rei" da breguice, Roberto Carlos, também não sabe cantar. Ele sabe é fazer dinheiro dando ao povo o que ele gosta; pura "breguice". E o povo o adora, lhe confere um trono e viram seus súditos.
E a Globo lhe dedica todos os anos um especial em que faz nostalgia e convida novos cantores para lhe paparicarem o ego. E tudo parece lindo, tão lindo...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Saudades de Tião Miranda



Nunca pensei que iria sentir saudades de Tião Miranda à frente da Prefeitura de Marabá. Balancei nas últimas semanas, com o anúncio, pelo atual gestor Maurino Magalhães, de que precisava privatizar serviços essenciais, como coleta de lixo, merenda escolar e a iluminação pública.
Meu cabeleireiro (Baixinho), da Velha Marabá, costuma aproveitar minhas raras passagens por seu salão para opinar sobre questões de ordem prática na cidade. Colocou a boca no trombone e foi logo dizendo que terceirizar o lixo é uma roubada.
Reconheceu que o serviço vinha acontecendo relativamente a contento e que entregar à iniciativa privada agora só ajudaria a encher os bolsos dos donos da empresa. Concordo com ele, porque parece existir um compromisso do prefeito Magalhães com empresários que apoiaram sua campanha rumo à PMM.
O Ministério Público também não se convenceu e alertou o prefeito uma, duas três vezes. Na quarta, entrou com uma ação cível pública pedindo o cancelamento do contrato e a destituição do gestor por improbidade administrativa.
No último final de semana, a coisa ficou preta na cidade. A empresa que ganhara de “presente” o contrato para coleta do lixo ficou revoltada com o cancelamento do contrato por determinação judicial e retirou todos os contêineres colocados em pontos estratégicos e o lixo acumulou e atraiu até urubus.
A população ficou irritada e os promotores entenderam que há uma tentativa dissimulada da prefeitura para tentar forçar a dispensa de licitação e formulação de um contrato por haver uma situação de emergência na cidade, como prevê a legislação.


Prefeitura diz que
problema não é dela

A prefeitura afirma continuar de “mãos atadas” à espera de resultado de uma reunião hoje (14), entre o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho, para buscar solução.
De um canto a outro da cidade o lixo chamava a atenção de quem passava. Na avenida Antônio Maia, em frente ao Estádio Zinho Oliveira; a Trav. Santa Terezinha, em frente à escola Plínio Pinheiro; o Km 6, próximo à própria Secretaria de Obras; a área em frente ao Terminal Rodoviário na Folha 32 e a confluência entre as avenidas Sororó e Paraíso, entre Liberdade e Jardim União havia lixo espalhado pelo chão.

Nesta segunda-feira, 13, em entrevista coletiva durante a reinauguração do Saci (Serviço de Atendimento ao Cidadão), o prefeito Maurino Magalhães (PL) lamentou a situação e mais uma vez afirmou que o poder Executivo está de mãos atadas. Lembrou que desde 1º de abril a Prefeitura Municipal está impedida de empregar garis por contrato e a tentativa de terceirização do serviço foi cancelada por ordem judicial.
O prefeito afirma que a prefeitura dispõe do recurso para o serviço, mas está impossibilitada, devido ao impasse criado em torno da terceirização do setor.
Maurino explica que a prefeitura, conforme decisão judicial, não pode contratar garis. Isso só pode ser feito com a realização de concurso público ou terceirizando o setor. Mas, para fazer concurso são necessários no mínimo seis meses de preparação e, para abrir nova licitação para a terceirização, são mais 90 dias. Tempo demais, diz ele, para a cidade que já está em situação crítica.
Enquanto o problema do lixo é discutido entre quatro paredes de gabinetes refrigerados, a população espera do lado de fora, cercada pelo mal cheiro insuportável do lixo. Que saudade de Tião Miranda, nossa...